Reencontrei-me. Andei perdida, a planar por habitats que não o meu e a apoiar-me em criaturas que única e exclusivamente me davam a ilusão de protecção, carinho. Planos vazios, sorrisos vazios. Não era um ser, era um aparentar para ganhar a guerra. Do que nos vale quando apenas nos devemos vencer a nós próprios diariamente e somos a pessoa que mais nos interessa?

Finalmente consegui sentar-me na secretária e ter uma conversa interior, sem julgamentos fúteis sobre a minha aparência que me fazem abstrair do que realmente importa para mim. Sentei-me e não tive medo de me encarar, imaginei na minha mente todos os meus sonhos e os meus objectivos - deixei-me a sorrir - e questionei-me se as minhas passadas atitudes me estão a levar para as minhas metas. Encarei-me sem ter medo e apercebi-me de que também já não tenho medo do futuro, sei para onde vou.